Powered By Blogger

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Felicidade é memória fraca"?

A memória pode ser "fraca" mas não será inexistente.De vez em quando alguma lembrança irá aparecer, mesmo que induzida por outro fator, como uma música, um lugar, um livro ou,simplesmente, uma palavra familiar.

E como o esquecimento apagaria a dor, também apagaria a felicidade do passado, não?

Vale a pena esquecer a felicidade do passado para apagar a dor do presente? Ou para "salvar" a felicidade possível (ou não) do futuro?
O futuro não teria sempre relação estreita com o passado? Sendo assim, não seria imprecindível a preservação da memória?

O passado não é finito e independente, o passado sempre existirá, interligado com o presente e o futuro.

E o que foi realmente mais importante? A dor ou a felicidade?
Acho que ambos serão sempre importantes, serão o que nos fará crescer...Ou seja, o que nos tornará mais preparados (ou "menos despreparados") para o que virá, seja "bom" ou "ruim"...

Se a memória for "apagada", a mesma dor tenderá a voltar...E cadê a felicidade?


A felicidade se dará com a superação do passado, superação essa que nunca será total, mas que só se dará com o enfrentamento do que há na nossa memória, e não o esquecimento.
E como a superação ou o esquecimento nunca serão plenos, a felicidade, talvez, não possa e nem deva ser plena...

Se não há memória da dor, não há aprendizado...
E se desistirmos de aprender a superar a dor, como podemos persistir na busca da felicidade??


E se a felicidade nunca acabar com a dor?

E se entendermos que a dor faz parte da felicidade?
Vida sempre tão surpreendente e assustadora

Experiência não prepara
Não consolida
Nada


Não saber mais sábio do que saber
Sentir ou pensar?
Não há escolha nem equilíbrio
Não há permanência nem despedida

Há fim?
Importa?

Entreguemos-nos às ilusões?
São menos verdadeiras?
Intensidade vale insegurança?
Tranquilidade vale insatisfação?

Importa?